Sobrevivência do país, por Marcello Richa

Sobrevivência do país, por Marcello Richa

A cada dia fica mais claro que o único projeto que ainda existe no governo Dilma é o de sobrevivência. Enquanto o povo brasileiro se une em protestos contra a atual gestão federal, a presidente continua com seu esquizofrênico discurso de que o impeachment é golpe, ignorando a nossa Constituição e todos os inúmeros erros cometidos pelo seu governo, muitos deles que configuram crime de responsabilidade, conforme atestou a própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Como de costume, Dilma e seus aliados não respondem as acusações de pedaladas fiscais ou renúncias fiscais ilegais para se concentrar em um discurso de vitimização, único recurso que ainda lhe resta. No meio do vendaval de denúncias e críticas que tem feito petistas se desesperar em perder o poder, a presidente e seus companheiros esqueceram que, ao menos por enquanto, ainda deveriam governar o país.

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentado nessa segunda-feira (21) mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, calculado entre o final deste ano e o segundo trimestre de 2014, vai cair pelo menos 9%. A queda da renda per capita das famílias deve alcançar 10% entre 2014 a 2017, a maior dos últimos 120 anos do país.

A falta de soluções do governo federal tem feito com que o mercado de trabalho se deteriore cada vez mais rápido e mostra novamente a perversa realidade do desemprego. A previsão feita pela FGV aponta um aumento da taxa média de desemprego de 8,5% em 2015 para 11,5% em 2016. A população sofre cada vez mais pela inoperância e incompetência do governo federal em enfrentar os problemas econômicos do país.

Enquanto o Brasil se perde na crise, não enxergamos nenhuma ação real do governo Dilma para promover o equilíbrio fiscal e a redução da inflação, bem como voltar a estimular o crescimento do mercado e, consequentemente, a geração de empregos. É possível para o Brasil voltar a ter perspectivas melhores de futuro, mas para isso é necessário um governo sério, que trabalhe pelo país e não pela sobrevivência de um projeto de poder, como tem feito a atual gestão.

Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do Paraná

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