Nascido em São José dos Pinhais e formado nas categorias de base do Coritiba, o meia Marlos é um dos destaques da equipe do Shaktar Donetsk, da Ucrânia. Uma das principais equipes do Leste Europeu, o Shaktar tem sido a porta de entrada para muitos atletas brasileiros na Europa. Depois de algumas temporadas com a camisa laranja e preta, o caminho pode ser os grandes clubes europeus da Inglaterra, Espanha, França, Itália e Alemanha. A única dificuldade encontrada por Marlos foi a mudança repentina que o Clube teve que fazer para fugir da guerra civil no leste do país.
Depois de se destacar no Coritiba e no São Paulo você foi parar na Ucrânia. Como foi essa mudança?
Cheguei em 2012 para jogar no Metalist, que é uma equipe média. Fiz duas boas temporadas e o Shaktar que é um dos grandes ao lado do Dinamo de Kiev me contratou em 2014.
O fato de jogar ao lado de brasileiros no Shaktar facilita a adaptação?
Minha adaptação ao país já havia acontecido no Metalist, mas chegar no Shaktar e jogar ao lado de jogadores com muita qualidade, que atuariam em qualquer time do Brasil, como Teixeira, Marcio Azevedo, Bernard, Taison, Fred e Wellinton Nem tem sido muito bom. Consegui me acertar bem no time e tenho contribuído com assistências e gols.
A Guerra na Ucrânia foi um momento tenso? O que mudou na sua rotina?
Teve tensão, mas hoje está tranquilo. Tivemos que sair de Donetski próxima a região do conflito e nos mudar para a capital Kiev a 500 quilômetros. Isso deixa nossas famílias tranquilas. Outra mudança foi em relação aos jogos. Estamos jogando a quase 500 quilômetros de distância de onde treinamos e vivemos.