Pandemia provoca onda de solidariedade e doações atingem cifras recordes

Atualizações do Monitor das Doações Covid 19 mostram que as empresas brasileiras são as grandes doadoras de recursos e já doaram mais de R﹩ 4bi para diversas ações sociais em todo país. Lives e organizações, como o Instituto Sabin, também figuram no ranking

Quase R﹩ 6 bilhões. Este é o valor total arrecadado com doações aqui no Brasil, de acordo com o Monitor das Doações Covid 19, iniciativa da ABCR. De acordo com a última atualização, 82% dos recursos foram enviados por empresas, o restante foi arrecadado em campanhas e lives (8%); enviados pessoas físicas e/ou famílias (4%); fundações, instituições e fundos filantrópicos (3%); e administração pública (3%).

No total, o ranking nacional conta com mais de 443 mil doadores, entre eles o Instituto Sabin, que conseguiu enviar mais de R﹩ 100.000,00, recurso que se soma aos bilhões e poderá ajudar a compor a renda de milhares de pessoas impactadas pela pandemia. De acordo com o Gerente Executivo do Instituto Sabin, Fábio Deboni, os índices recordes de doações motivam celebrações. “Afinal, a casa dos 6 bi de reais, conforme o Monitor das Doações é uma marca histórica, mas é importante analisar os dados de forma criteriosa, observando a origem desses recursos e, principalmente, o destino de todo esse dinheiro”, salienta o especialista.

Deboni pontua que os números estão disponíveis a qualquer usuário mais curioso aos fatores elencados no ranking. “É importante observar que mais de 80% das doações são provenientes de empresas, principalmente as que atuam no sistema financeiro, nos ramos de alimentos e bebidas, e mineração. Com a verba já enviada, é o momento de observar se chegou ao destino. Isto é o mais importante”. O especialista destaca que analisou o estudo inédito ‘O impacto da Covi-19 nas organizações da sociedade civil brasileiras’, realizado em parceria com o Instituto e que coletou dados de mais de 1.700 ONGs de todas as regiões brasileiras. “O levantamento apontou que mais de 73% destas instituições sentiram os reflexos negativos da pandemia e mostrou ainda que 65% delas já preveem redução na arrecadação de recursos para manter seus atendimentos. Para piorar este cenário de incertezas, 60% temem o aumento da demanda por atendimentos e, em contrapartida, queda na arrecadação de recursos”, explica.

Os índices apontados no estudo citado, segundo Fábio, combinado com iniciativas positiva em favor das ONGs, permite propor, pelo menos, questões importantes na tentativa de fortalecermos o debate sobre o destino das doações. “De que forma toda essa verba é direcionada às organizações sociais de todos os portes e regiões do país? Os recursos também são encaminhados para cobrir custos fixos e institucionais das organizações? E o mais importante, depois da pandemia, estas organizações sociais que atuam/atuaram na intermediação destes donativos conseguirão manter suas equipes, espaços físicos, estruturas, projetos?”, questiona Deboni.

À frente do Instituto Sabin, organização social do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Deboni destaca ainda que este é um momento ímpar para despertar tanto nas empresas quanto na sociedade o senso de cooperação e união. “O Instituto Sabin completa este ano 15 anos atuando no fomento à inovação social e diante desta crise, sem precedentes do novo Coronavírus não medimos esforços para apoiar organizações e comunidades em maior vulnerabilidade. Seguimos apoiando iniciativas relevantes como o Portal do Impacto, campanhas como a BoaAção, e iniciativas que se somam a outras milhares no país, principalmente em um momento tão delicado como este”, finaliza.

– O Monitor das Doações Covid 19 é atualizado diariamente e liberado para acesso dos usuários, por meio do site http://www.monitordasdoacoes.org.br/

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