Se os últimos anos foi de vergonha para o futebol brasileiro com a derrota elástica para a Alemanha na Copa do Mundo em 2014 em pleno território nacional e a prisão do presidente da CBF em 2015, o ano de 2016 começa a se apresentar como uma esperança para uma melhora com fortalecimento dos clubes e uma condição mais igualitária de disputa.
Enfim a tão sonhada Liga Sul Minas saiu do papel. E os mais forte esperam os próprios incentivadores do projeto. A briga política entre clubes e federações e o enfraquecimento da CBF fizeram da idéia inicial um movimento mais forte que angariou ainda os cariocas Flamengo e Fluminense e já se posiciona como uma opção de futuro em substituição a própria CBF na organização do Campeonato Brasileiro. Afinal, é assim mesmo que acontece na maioria dos países europeus. Cabe a confederação apenas os cuidados com a seleção do país.
Curitibanos não têm a característica de valorizar o que é nosso, mas vale destacar que a Primeira Liga, como foi batizada a Sul-Minas, surgiu aqui em Curitiba. Foi de dentro do departamento de comunicação e marketing do Coritiba que a idéia saiu do papel. O ex-vice-presidente do Coritiba, André Luiz Macias, mobilizou os clubes e contou com o apoio do ex-presidente do Atlético, Marcio Celso Petráglia.
Outra novidade no mercado da bola é a entrada do Esporte Interativo brigando com a Rede Globo pelo direito de transmissão dos clubes. Como na Europa, a TV fechada é que vai proporcionar as maiores arrecadações aos clubes. Coritiba e Atlético já fecharam com o Esporte Interativo para o quinquênio 2019-2024, assim como Internacional, Santos e Bahia. A expectativa é de uma arrecadação 10 x maior que atual.
Mas o mais importante é o novo formato de distribuição da verba que pode diminuir as diferenças econômicas que existem entre os clubes. Atualmente, seguimos a linha do futebol espanhol onde Real Madrid e Barcelona têm domínio absoluto. Aqui, se não fossem os problemas de gestão, Corinthians e Flamengo, que mais ganham, disputariam o título do Brasileirão todos os anos.
A idéia agora é seguir o modelo inglês com 50% da verba dividida de forma igualitária entre os clubes, 25% pelo desempenho técnico calculado com base nos resultados obtidos no ano anterior e 25% a partir da audiência que os clubes recebem durante suas partidas nas transmissões de tv.