Era uma vez, uma Casa Tangente…

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As águas de março fecham o verão e a Casa Tangente abre definitivamente suas portas no bairro Alto da XV, e Curitiba. No próximo dia 15, o espaço voltado para a arte, a moda, ao lúdico, ao design, à comida e a todos os outros aspectos do bem viver recebe Mary Arantes, da marca de acessórios Mary Design.
O brinde com Mary não é por acaso. A mineira é convidada especial da idealizadora e curadora da casa, a designer Mari Guedes, uma paulista que tem um pé em Curitiba e outro em Minas Gerais.

A Casa Tangente é um espaço espaço amplo e multifuncional, planejado para inspirar a troca de experiências e a criatividade das mais diversas formas e temas. Seus detalhes se destacam e se unem à simplicidade que fortalece o conceito Tangente. “Tangente é algo que toca, é um encontrar sutil de possibilidades”, diz Mari Guedes.

Para realizar uma satisfatória conexão entre as pessoas, a natureza e as cidades, em um diálogo inédito e duradouro, a Casa oferece espaços que se adaptam a cada necessidade. É possível trabalhar, ensinar, aprender, transmitir, sensibilizar e inspirar.
A Casa Tangente está instalada em um imóvel de 210m2 de área coberta, com estrutura de mesas e cavaletes para oficinas artísticas; bancada de concreto com duas pias largas; fogão a lenha e uma cozinha compacta e charmosa para atividades saborosas.

A proposta é que em cada estação do ano uma série de temas sejam abordados de maneira nova e criativa neste espaço versátil. Um novo olhar que se concretiza por meio de atividades, exposições, bate-papos, cursos e jantares. “As portas sempre estarão abertas para quem tiver interesse em desenvolver programas que apresentem às pessoas pensamentos, técnicas e perspectivas com responsabilidade ética, social e ambiental”, diz Mari Guedes.

Os frequentadores da casa também vão poder usufruir de uma área externa, um pátio com 80m2 de área para finais de tardes com ar fresco e ao som dos passarinhos que povoam aquela região do Alto da XV.

Em novembro de 2015, a Casa Tangente teve um pré-lançamento, quando o designer e artista urbano mineiro Rogério Fernandes entregou o muro do espaço, uma linda composição sobre o feminino.

Agora é a vez da designer de acessórios Mary Arantes, conhecida nacionalmente por seu sensível e poético processo de criação de bijuterias. O trabalho consiste em transformar o que Mary chama de “As Preciosas Coisas Banais” em arte.

O uso do tecido e as formas artesanais extremamente elaboradas dão a esta marca mineira um estilo único e inconfundível. As coleções são desenvolvidas a partir de temas, que valorizam nossa arte e nosso povo. O resultado são peças com história, que transformam o olhar.

Sobre Mari Guedes

Nascida em São Paulo e criada em Curitiba, Mariana Guedes é designer gráfica, pós-graduada em Moda. Durante três coleções, atuou com o estilista Ronaldo Fraga, desenvolvendo estampas e peças gráficas e compartilhando do rico universo criativo do designer mineiro. Seu trabalho é calcado no propósito e tem como diferencial o atendimento personalizado focado no que é realizável, valorizando tempo e as necessidades de cada projeto. Mari busca “sutilizar” os sentidos, e explorar vivências e convergências criativas.

A designer atuou em agências de publicidade de Belo Horizonte e em Torino, na Itália. Assina trabalhos com a blogger e escritora Cris Guerra, sendo responsável pela capa e projeto gráfico da primeira edição do livro Moda Intuitiva (Lafonte), da autora. Responde também pela direção criativa do portal Hoje Vou Assim, do qual é colunista.

Em Curitiba, participou de projetos como o zinE, publicação do shopping Pátio Batel, e da identidade gráfica do show Caymmi 4 Cantos. Além do trabalho de direção criativa em design, toca projetos paralelos como o #BEIJONOCARTEIRO e o #lindezasqueacheiporaí. Mais do que duas hastags simpáticas, as iniciativas mostram um pouco mais sobre o diálogo que Mari estabelece com o mundo ao seu redor e que invariavelmente está contido em seu trabalho.

Casa Tangente – Lançamento com a designer Mary Arantes
15 de março 18h30
Casa Tangente – rua Professor Ângelo Lopes, 1.653, Alto da Rua XV (esq. com Simão Bolívar)

PRÓXIMAS ATIVIDADES (coisas bacanas que vão acontecer em breve na Casa Tangente)
15/ Março | bate-papo com Mary Arantes sobre moda e acessórios (Belo Horizonte)
16/ Março | aula gratuita e bate-papo Cris Giroletti sobre yoga (Belo Horizonte)
17/ Março | aula gratuita e bate-papo Cris Giroletti (yoga/ – Belo Horizonte)
18/ Março | oficina de sensibilidade/ individual com Mari Guedes
20/ Março | Go, writers, escrita criativa com a jornalista Cris Lisboa (Porto Alegre)
21/ Março | oficina de sensibilidade/ individual com Mari Guedes
12 e 15 / Abril | Marco Ficarra (designer de produto)
13 / Abril | oficina de sensibilidade/ individual
Abril | Cris Guerra (publicitária, escritora, blogueira)
16 e 17 / Abril | coaching artístico com Alexandre de Almeida (ilustrador, artista plástico e arte terapeuta)
Abril | jornalista Adriana Marmo do blog Vento na Saia fala sobre o mundo sobre bike (São Paulo)
3,4 e 5 / Maio | bordados de Minas com o grupo Matizes Dumont (Minas Gerais)

Um pouco sobre mim

Sou Mary Figueiredo Arantes, mas meu “sobrenome” mais conhecido é design… Nasci no Vale do Jequitinhonha e me mudei pra BH aos 12 anos. Era criança de tudo e de lá trouxe o quintal dos meus sonhos.

Costumo dizer que minha vida lá era um teatro, fingia de tudo, até que ia subir nas montanhas e tocar nuvens. O guarda chuva, eu dependurava virado pra cima, em galho de árvore e nele viajava de avião com minhas bonecas.

Vivia mais em cima das árvores do que no chão, tinha mania de grandeza, é que lá era um povoado tão pequeno que eu tinha muita necessidade de subir, de voar, imaginar o que não via… Passava o dia observando procissão de formigas, queria entender pra onde levavam as folhas que carregavam.

Adorava também observar os buracos onde os sapos se escondiam. Estudava cores nas roseiras, nas dálias que explodiam no jardim em frente da casa e aprendia sobre enrubescer com a manga rosa.
Virar gente grande na cidade grande foi doloroso, o jeito era criar um jeito de eu continuar sendo eu mesma, e foi assim que eu me inventei. Vestia roupas estranhas, colocava uma roupa chique e um chinelo de couro quebrava toda a harmonia.

Minha mãe dizia que eu tinha um gosto estragado.
Hi-lo, nem ela, nem eu sabíamos o que era isso naquela época. Meu pai era alfaiate e os retalhos que caiam no chão eram meus brinquedos. Daí meu apreço pelas bijus de tecido, em ter a vida sempre presa a um fio… Xícara sem asa, prato quebrado, esses eram meus brinquedos, aprendi a reciclar desde que nasci, por isto prezo tanto as coisas pequenas desta vida, o que chamo de “as preciosas coisas banais”, título do meu livro de crônica.

Sou conhecida com designer, mas não desenho, pego e faço, só sei fazer assim. Sou consultora do Sebrae, já participei de vários projetos Talentos do Brasil, onde os designers vão pra regiões longínquas, deste Brasil de meu Deus, melhorar a qualidade de trabalho de associações carentes. O que mais faço lá é aprender, volto sempre com a mala cheia, e deixo por lá o pouco que sei.

Ler é meu maior hobbies, jardinar é outra coisa que amo, passo os fins de semana com o podão na mão. No jardim aprendo tudo sobre sociedade, plantas sabidas que engolem as pequenas, umas grandiosos que gostam de ficar sozinhas em jardins suntuosos…. Fiz culinária por muitos anos, receber e cozinhar é um grande prazer, é um ato de amor.

Fui curadora do Minas Trend, sou palestrante e minha grande frustração é de não ter sido cantora de ópera….

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