Cultura Inglesa de Curitiba comemora 75 anos com recorde de matrículas
Em paralelo aos anseios das novas gerações, escola não deixou de preservar metodologia perene e fomento à cultura britânica
Seja o primeiro contato com o idioma, seja o aperfeiçoamento para seu domínio, a convicção é a mesma: um aprendizado que abre portas em um mundo onde coexistem diferentes culturas. É nessa atmosfera que imerge quem entra na Cultura Inglesa de Curitiba, que completa 75 anos de olhos voltados ao futuro. Entre as cinco unidades na capital e Região Metropolitana – as quais têm passado por uma repaginação estrutural desde o último ano -, se consolidam os planos de expansão.
Os traços de modernidade, contudo, são nada mais do que meros resquícios dos métodos de ensino leves e perenes. Conforme o superintendente da Cultura Inglesa, André de Ruediger, o poder de reinvenção acompanhou os anseios das novas gerações. “Somos uma instituição sem fins lucrativos, cuja missão é o fomento da cultura britânica. Nossos cursos passam por remodelações periódicas com base no mercado e, assim, os ofertamos para crianças, jovens e adultos, além de moldá-los para preparação de exames, viagens e treinamentos para professores”, resume.
Somada à essa polivalência, a preocupação em garantir a formação continuada dos docentes tem rendido frutos. Em relação a 2016, houve aumento de dez vezes na procura pelo programa de intercâmbio promovido pela escola, período em que as matrículas também foram alavancadas em 8%, com um número não atingido desde 2013. Além disso, desde fevereiro, a Cultura Inglesa configura como centro independente de exames IELTS (International English Language Testing System) credenciado pelo British Council, sendo o único da categoria no Sul do país.
Um vínculo que nasceu da confiança
Entre os personagens desse enredo que perpassa décadas de conquista está o engenheiro civil Luiz Pasini, que, em 2017, deu sequência à uma história de longa data. A decisão pela matrícula dos dois filhos no Little Tots, curso destinado a crianças de quatro e cinco anos, marcou o ingresso da 4ª geração da família na Cultura Inglesa. “Eu sempre soube que meus filhos estudariam aqui”, completa.
Essa trajetória, porém, remonta há mais de seis décadas, quando o avô de Luiz, na época com 30 anos, procurou a Cultura Inglesa para nutrir a sede por conhecimento. Como um legado, a preferência chegou a Luiz depois de passar pela mãe e pela tia, ambas tendo sido alunas da escola. Para ele, a admiração pela cultura britânica – e a maneira como é transmitida – levou a família a perpetuar a tradição de estudo na escola. “A metodologia adotada torna o aprendizado algo natural, se ensinando a pensar em inglês”, frisa.
Mas não são apenas os que já são de casa que reconhecem a credibilidade da instituição. Grata à exposição ao idioma desde a infância, Edinéli Sousa encontrou terreno propício na Cultura para fazer o mesmo com o filho e a neta de cinco anos. “Escolhemos pela confiança depositada na metodologia, que revela a preocupação com a sistematização da língua a longo prazo”, ressalta.
Tradição é saber acompanhar as mudanças
Motivo de elogio para pais e alunos, a metodologia rica e sólida é, para a professora Maria Regina Prado, uma das essências preservadas com o tempo. “Essa metodologia sempre deu espaço à criatividade do professor e, desde o meu ingresso, fiz vários cursos de aperfeiçoamento profissional proporcionados pela escola”, lembra ela.
Há 35 anos no corpo docente da Cultura Inglesa de Curitiba, onde foi aluna e iniciou a carreira, Regina também acompanhou de perto a chegada da tecnologia. “Antes as salas eram organizadas em semicírculos para promover o debate. Hoje essa interação fica por conta da tecnologia dos e-boards, que modificaram muito o ritmo dentro de sala, pois o acesso ao conhecimento é imediato e inesgotável”, salienta. Para ela, incorporar esse tipo de recurso é andar de mãos dadas com as nuances de cada geração. “Hoje os alunos estão muito conectados ao celular e precisamos saber aproveitar isso. E mesmo com atitudes diferentes de outro tempo, os anseios que nos trazem são os mesmos”, finaliza