DELEGACIA CIDADÃ X DELEGACIA LEGAL
A cada dia vemos lançamentos de programas do governo dizendo que irá revolucionar a segurança em nosso Estado, mas na prática vemos cópias de programas que foram tentados em outros Estados.
A vários anos o Rio de Janeiro lançou a Delegacia Legal, que era exclusiva para atender o cidadão sem expô-los a um contato direto com os marginais e receber um atendimento digno, e agora com um novo nome o mesmo modelo está sendo lançado em Matinhos.
Mas o que os integrantes da Segurança Pública e nossos governantes não percebem, é que, o que querem colocar como um diferencial no atendimento ao cidadão, deveria ser um padrão de postura e conduta por todos os integrantes do Estado, que por obrigação devem dar a qualquer cidadão,independentemente de seu problema ou de seu status, um tratamento digno em todos os casos.
Seria muito mais prático, vantajoso e econômico, simplesmente gastar um pouco de dinheiro na reforma e reestruturação das Delegacias de Polícia para criar uma entrada onde o cidadão de bem, que não cometeu crime algum, mas sim que sofreu com a violência e foi vítima de algum marginal, ou ao chegar para prestar a sua queixa ou solicitar um serviço, fosse recebido com dignidade sem ter que ficar dividindo o mesmo espaço com marginais e até mesmo com quem o atacou, roubou ou furtou.
Toda iniciativa é válida, mas se começarem apenas com cidades onde há pouca criminalidade em comparação com os grandes centros, até o fim desse governo com certeza não teremos mais que poucas Delegacias com esse padrão.
As Delegacias foram criadas para recepcionar o cidadão e servir de posto de triagem para os que fossem presos e que no dia seguinte seriam remanejados para outro local, mas que em decorrência do aumento da criminalidade, da inércia da justiça e das brechas legais a criminalidade está crescendo de forma assustadora e descontrolada e acabaram se transformando em depósitos de presos aguardando julgamento.
É só vermos as explosões em caixas eletrônicos, assaltos a mão armada contra transeuntes, roubos de carros, e nos últimos dias vimos a notícia de assaltantes roubando um asilo e agredindo idosos indefesos.
A violência está se tornando algo tão comum que as pessoas se preocupam apenas em não são serem a vítima, mas sim serem apenas as que leem sobre o fato.
Pois sabem que a vítima mesmo que reconheça e se consiga prender o ladrão em poucas horas ou dias estarão livres e o trauma ou sequelas da violência o acompanharão pelo resto da vida.
Essa é atriste realidade, mas não podemos desanimar, mas sim aprendermos a escolher melhor e cobrar mais daqueles que nos representam.
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