PRAÇAS DE CURITIBA COM NACIONALIDADES

Curitiba tem uma grande diversidade cultural, fruto de povos de diferentes etnias e nações que escolheram a cidade para viver. “A arquitetura, a gastronomia e até o sotaque são frutos dessa miscigenação e, assim, não poderiam faltar na cidade espaços públicos que homenageiam os pioneiros e seus países”, salienta a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra.

A ALEMANHA DO VISTA ALEGRE

 

O Bosque do Alemão foi inaugurado em 1996, no Vista Alegre, como o Memorial da Imigração Alemã. Na área de 40 mil m² é possível visitar o Oratório de Bach, réplica de uma Igreja Presbiteriana, que abriga uma sala de concertos; a passarela de troncos de eucaliptos que liga ao mirante sobre a Torre dos Filósofos (de 15 metros); a trilha inspirada na história João e Maria, dos irmãos Grimm; e a biblioteca Casa das Bruxas, que oferece espaço para contos infantis.
Uma das principais atrações do bosque é a reprodução do frontão da Casa Mila – prédio construído no início do século 20 na Rua Barão do Serro Azul, no Centro. Do clássico exemplar da arquitetura germânica, a Prefeitura conseguiu preservar a varanda.

A ESPANHA DO BIGORRILHO

Entre as ruas Saldanha Marinho, Coronel Dulcídio, Carlos de Carvalho e Fernando Simas, no Bigorrilho, a Praça da Espanha reina absoluta com 6,5 mil metros quadrados de área, rodeada por bares, restaurantes e sorveterias. O dia mais concorrido é o sábado, quando amigos e famílias inteiras se espalham pelos seus gramados ou circulam para garimpar as peças à venda na Feira de Antiguidade (das 10h às 17h) ou para apreciar as raridades da exposição de carros antigos (das 15h às 17h).
A praça também abriga o Farol do Saber Miguel de Cervantes, com biblioteca pública de literatura espanhola, além de obras em inglês, português, francês e alemão. Depois do passeio, se der vontade de conhecer um pouco da gastronomia do país ibérico, é só atravessar a Fernando Simas e conferir, no número 23, o cardápio do restaurante Pata Negra, que oferece especialidades espanholas, como polvo à galega.

O EGITO DO BACACHERI


Sua maior atração tem quase três mil anos. Foi em 1995 que o Museu Egípcio Rosacruz, localizado na Rua Nicarágua, no Bacacheri, recebeu de uma instituição dos Estados Unidos uma doação: a múmia egípcia Tothmea, datada em mais de 2,7 mil anos.
Criado na década de 90, o espaço tem um acervo de cerca de 700 objetos, um dos maiores do país, entre réplicas de peças egípcias doadas pelo artista Eduardo D’Ávila Vilela e itens como máscaras funerárias, vasos, tumbas e estatuetas. Já ao chegar ao museu, o visitante se encanta com a arquitetura do prédio, em forma de uma mastaba, uma espécie de tumba construída durante o período do reino antigo.

A FRANÇA DO SEMINÁRIO


Integrante do seleto time das sete únicas árvores tombadas pelo Patrimônio Histórico em Curitiba, a imponente Angico Branco ganhou status de “imortal” em 1974 e é a principal atração da Praça da França, na esquina da Rua Teixeira Soares com a Avenida Silva Jardim, no Seminário. O espaço é um lugar de lazer para os moradores da região, que muitas vezes usam a área verde, ao redor da Angico Branco, para uma calma leitura.

O JAPÃO DO ÁGUA VERDE


Inspirada nos clássicos jardins japoneses, a Praça do Japão tem como destaque a imponente réplica do Templo Dourado de Kyoto, com 11 metros de altura e uma delicada garça em bronze no topo da construção. O espaço, no bairro Água Verde, abriga o Memorial da Imigração Japonesa e a Biblioteca Hideo Handa, onde ocorrem várias atividades, como meditação, soroban (ábaco japonês que propõe ginásica para o cérebro) e cerimônia do chá. O local ainda tem uma lojinha de artesanato.
A Praça do Japão ocupa uma área verde de 8.420 m², com dez cerejeiras, um pinheiro japonês, estátua de Buda em resina, cinco lagos com carpas coloridas, duas cascatas, portal em madeira japonês, uma lanterna oriental, um monólito em pedra criado em comemoração aos 50 e 100 anos de imigração japonesa no Brasil (1958 e 2008, respectivamente) e a estátua Paz Nº 30.31, do artista plástico japonês Baku Inoue, em referência a bomba atômica de Hiroshima.

A POLÔNIA DO CENTRO CÍVICO


Segunda cidade fora da Polônia com o maior número de habitantes de origem polonesa, Curitiba (ou Kurytyba, em polonês) mantém viva a história dos imigrantes do país europeu em um dos espaços mais visitados por curitibanos e turistas: o Bosque do Papa, inaugurado em 1980, logo após a visita do papa João Paulo II (1920-2005).
O espaço, que ocupa uma área de 48 mil m², no Centro Cívico, reconstitui o ambiente em que viveram os pioneiros poloneses, que chegaram em Curitiba. É um museu ao ar livre, com sete casas construídas por imigrantes, com troncos de pinheiro encaixados. Calçadas de pedra, equipamentos e utensílios usados pelos poloneses, como uma carroça e uma pipa de azedar repolho, são expostos para visitação no local, que tem entrada pela Rua Vieira dos Santos.

O PORTUGAL DO JARDIM SOCIAL


Localizada no bairro Jardim Social, o Bosque de Portugal é um convite para diminuirmos o ritmo é apreciarmos um pouco da cultura do país que nos colonizou. O espaço, de 20,8 mil metros quadrados e com entrada pela Rua Fagundes Varela, tem como destaque 22 totens que trazem versos dos mais ilustres poetas da língua portuguesa, como Luís de Camões, Olavo Bilac, Manuel Bandeira e Fernando Pessoa. O bosque também tem charmoso paisagismo e um piso de mosaico que remete ao mar e a uma caravela portuguesa, além de pistas de corrida, caminhada e ciclovia.

Além do Museu Egípcio Rosacruz, que nos permite uma viagem pelo mundo mágico dos faraós do Egito, Curitiba conta com outra atração que homenageia países da África. A Praça Zumbi dos Palmares, no Pinheirinho, tem aproximadamente 21,6 mil metros quadrados e ganhou, em 2010, o Memorial Africano.
O grande destaque do local é um grande portal na entrada principal com 54 colunas, de quatro metros de altura cada, representando os países do continente, cada uma com o nome de um país, a bandeira e sua localização no continente. As descrições e desenhos foram feitos em azulejos.Duas colunas simbolizam a educação e a cultura. No piso, um mosaico de pedras nas cores preto, branco e vermelho forma o mapa do continente africano, com o desenho dos países. A praça, localizada na Rua Eloi Orestes Zeglin, tem programas para toda a família, com espaço para feiras de artesanato étnico, quadras de esporte, ciclovia, academia ao ar livre e parquinho para a criançada.

 

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