Doenças oculares que mais atingem os idosos: causas , sintomas e prevenção:

Assim como outras partes do corpo, o olho também envelhece e, com isso, sofre alterações. Tal situação demanda a realização de consultas e exames periódicos como forma de prevenção.
Existem doenças que, embora não apresentem causas conhecidas, podem vir associadas a alguns fenômenos, como o tabagismo, o diabetes, hipertensão arterial e exposição ao sol.
Essas condições podem tornar as doenças mais frequentes e cumulativas; com o passar dos anos, aumenta, para idosos, a prevalência de problemas oculares, como: catarata, glaucoma, doenças venosas oclusivas da retina e, principalmente, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI); esta, considerada uma das principal causa de perda visual em pessoas acima de 60 anos.

1. Catarata
Essa é a principal causa de cegueira reversível no mundo e ocorre principalmente após os 50 anos de idade, quando há perda progressiva da transparência do cristalino, causando visão embaçada. Geralmente, acontece de forma natural por causa do envelhecimento do organismo, podendo ser potencializada por doenças sistêmicas, como o diabetes. A catarata também pode ser induzida pelo uso crônico de drogas, como anti-inflamatórios hormonais (corticoides).
SINTOMAS: O principal sintoma da doença é o embaçamento visual, com evolução gradual até a completa perda da visão.
CUIDADOS PREVENTIVOS: Não existe uma forma de evitar ou prevenir a doença. Uma dieta rica em alimentos antioxidantes pode ser importante para adiar o surgimento da catarata. Também é importante proteger-se da radiação solar por meio de óculos escuros e proteção ultravioleta.

2. Glaucoma
A doença provoca lesão no nervo ótico, é genética e se manifesta, principalmente, na terceira idade, podendo levar à cegueira irreversível, caso não seja diagnosticada a tempo. Causada pelo aumento da pressão ocular, pode acometer um ou os dois olhos , inicia pela perda do campo visual periférico se estendendo até a área central da visão na fase tardia da doença.
SINTOMAS: O Glaucoma agudo ou de ângulo fechado se apresenta com fortes dores de cabeça, fotofobia, enjoo, baixa acuidade visual e intensa dor ocular. Já a forma mais comum do glaucoma (crônico ou de ângulo aberto) é uma doença silenciosa que somente na sua fase final o paciente percebe a baixa visão. Por isso, é extremamente necessário aferir a pressão ocular na avaliação oftalmológica para a detecção do glaucoma numa fase inicial.
CUIDADOS PREVENTIVOS: : A realização rotineira de consulta oftalmológica completa em pacientes acima dos 45 anos que tenham histórico familiar para glaucoma é indicada. Todos os pacientes acima de 60 anos devem comparecer, ao menos uma vez por ano, em uma consulta com especialista. No exame oftalmológico é realizado a medida da pressão intraocular, avaliação do nervo óptico e quando necessário o exame de campo visual para confirmar o diagnóstico do glaucoma. A grande importância do diagnóstico precoce do glaucoma é impedir a cegueira pelo uso de colírios antiglaucomatosos.

3. Retinopatias (diabética e hipertensiva)
Doença que altera os vasos sanguíneos, causando má circulação na retina, provocada por complicações do diabetes e da hipertensão arterial nos vasos da retina, gerando deformidades em seu percurso, extravasamento de líquido e até mesmo hemorragias. Quanto maior o tempo de evolução do diabetes e da hipertensão, maior o risco de lesão dos vasos retinianos.
SINTOMAS: As retinopatias se instalam devagar e por muitas vezes não há sintomas, no início. Posteriormente, podem ser frequentes o embaçamento e a diminuição da acuidade visual. Em casos de hemorragia, há queixa de perda da visão súbita no olho acometido.
CUIDADOS PREVENTIVOS: Por se tratar de uma doença progressiva e relacionada ao agravamento de outras duas enfermidades maiores, torna-se imprescindível o controle severo da glicemia e da pressão arterial.

4. Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
Principal causadora de cegueira em idosos, em função do envelhecimento do organismo, a DMRI doença consiste na degeneração da estrutura da parte posterior do olho (mácula), responsável pela visão central. Existem duas formas da DMIR: seca e úmida.
SINTOMAS: Dificuldade na leitura, visão com linhas onduladas, pontos escuros ou espaços em branco, embaçamento da vista e distorção das formas, evoluindo para a perda gradual e irreversível da visão, se detectada no início, pode ser controlada.
CUIDADOS PREVENTIVOS: Adotar uma dieta rica em alimentos com alto teor de ômega-3, além de vegetais de folhas verdes; não fumar ou parar de fumar; praticar exercícios físicos com frequência; controlar o peso e a pressão arterial; proteger-se da radiação solar por meio de óculos escuros com proteção ultravioleta. Exame com oftalmologista especialista em retina para detectar sinais inicias da DRMI, nesse caso é indicado o uso de vitaminas antioxidantes diariamente para a forma seca da DMRI. Entretanto se o paciente apresentar a forma úmida da DMRI é necessário injeções intraoculares de antiangiogênicos.

Luís Augusto Arana
Especialista em catarata e retina
Mestre e Doutor pela Universidade Federal do Paraná
Preceptor do Hospital de Olhos do Paraná
www.drluisarana.com.br
41 3310-4262; 99914-5710; 99946-4262

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