Avenida Silva Jardim
A Avenida Silva Jardim, localizada na capital paranaense, é uma homenagem ao advogado e jornalista Antônio da Silva Jardim. Esta avenida é uma tradicional via de Curitiba e foi batizada com o atual nome em 1912.
Uma das principais artérias ligando o bairro Seminário ao Centro, a Silva Jardim possui uma extensão de 4.435 metros iniciando-se no bairro Rebouças, na junção da Rua Mariano Torres próximo a Rodoferroviária de Curitiba e terminando no bairro Seminário em sentido inverso ao fluxo dos veículos, nesse trecho o calçamento do lado esquerdo é amplo dando evasão para estacionamento de veículos, a rua termina no cruzamento com a Fonte de Jerusalém, conhecido pelos moradores como Chafariz dos Anjos.
A avenida se destaca pela existência de inúmeros edifícios residências, mesclando comércio incluindo 03 bairros o da região Central do Água Verde e Seminário
A vida de Silva Jardim
Antônio da Silva Jardim (Nasceu na Vila de Capivari, hoje conhecida como Silva Jardim (RJ) em 18 de agosto de 1860 e faleceu em Nápoles, 1 de julho de 1891)
foi um advogado, jornalista e ativista político brasileiro, formado na Faculdade de Direito de São Paulo.
Teve grande atuação nos movimentos abolicionista e republicano, particularmente no Rio de Janeiro, na defesa da mobilização popular tanto na abolição quanto na república que produziram resultados efetivos em prol de toda a sociedade brasileira.
Nasceu na Vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivary, , hoje conhecida como Silva Jardim (RJ) . Foi filho de Gabriel da Silva Jardim e de D. Felismina Leopoldina de Mendonça. Seu pai foi um modesto professor em Capivary e lecionava em seu próprio sítio. Enviado para Niterói para que pudesse estudar, foi aluno inicialmente no Colégio Silva Pontes. Mais tarde, matriculou-se no Colégio de São Bento, tendo estudado português, francês, geografia e latim. Nessa época, ajudou a fundar um jornal estudantil denominado O Laboro Literário, onde iniciou sua vida política e sua luta pela liberdade.
Estudando com dificuldades financeiras, já que seu pai não possuía muitos recursos para sustentá-lo, mudou de residência e de escola, matriculando-se no Externato Jasper. Procurou trabalho para poder pagar seus estudos e, depois de alguns empregos menores, foi chamado para trabalhar no próprio externato.
Partiu para São Paulo e foi estudar na Faculdade de Direito de São Paulo. Logo entrou no clima político da faculdade onde as idéias republicanas e a campanha abolicionista já faziam parte de debates no parlamento.
Envolveu-se completamente na campanha pela república, chegando a vender sua banca de advogado e dissolver sua sociedade com Martim Francisco. Sua vida se dirigiu para os comícios em prol da república e viagens constantes entre os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Modelo de bandeira brasileira proposto por Silva Jardim
Em sua militância, foi aclamado, apedrejado, perseguido e elogiado. Sua saúde – desde a infância, por causa do impaludismo, sempre frágil, se ressentia dessa vida agitada, mas não impedia sua constante atividade política. Com a proclamação da república, o exército, que não se sentia ligado aos civis que tanto haviam lutado por sua proclamação, deixou-o de lado.
Candidatou-se ao congresso no Distrito Federal e foi derrotado. Decidiu, então, retirar-se da política e viajar para o exterior para descansar, clarear as idéias e conhecer gente nova e novos lugares.
Aos 30 anos de idade, visitou Pompéia, na Itália e, curioso por conhecer o vulcão Vesúvio, mesmo tendo sido avisado de que ele poderia entrar em erupção a qualquer momento, foi tragado por uma fenda que se abriu na cratera da montanha – não se sabendo ao certo se foi um acidente ou um ato voluntário.
De acordo com reportagem do jornal “A Pátria Mineira”, de 30 de julho de 1891, da cidade de São João del Rei, acessível por meio do sítio do Arquivo Público Mineiro, a morte de Silva Jardim teria sido um acidente, testemunhado por um guia e seu amigo Joaquim Carneiro de Mendonça. Segundo o relato, o jornalista teria sido engolido por uma fenda junto ao Vesúvio, do que se salvou, ferindo-se, Carneiro de Mendonça, que fora auxiliado pelo guia local. O jornal menciona a fonte das informações como a “Carta Parisiense”, de Xavier de Carvalho, dirigida ao “Paiz”.
Em homenagem ao jornalista morto, foi determinado que o município fluminense(RJ) de Capivari, vizinho a Araruama e Rio Bonito, passaria a ter o atual nome de Silva Jardim e consequentemente ao nosso Bairro ganhou seu nome em homenagem .